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Acidentes mortais na construção aumentam
2015-12-29

De acordo com a notícia avançada pelo Correio da Manhã, estes dados revelam que em 2013 se registaram 34 acidentes mortais de trabalho, número que aumentou em 2014 para 41 e em 2015 para 43.
De acordo com Albano Ribeiro, Pedro Pimenta Braz (presidente da ACT) "deve ser substituído porque tem tido uma intervenção inadequada ao setor", dando como exemplo uma visita "a um estaleiro com 56 empresas e em que só inspeciona três". Essas três empresas, refere o dirigente sindical, "são as que integram o consórcio que ganhou a obra [de construção da barragem do Tua]. Depois, lá dentro, há mais de 50 que ele não inspeciona". "Este foi o único inspetor-geral do trabalho, desde que eu estou à frente deste sindicato, há muitos anos, que desde o início rejeitou colaborar com o sindicato. Os resultados estão à vista", reforça.
No seu entender, "há um grande desinvestimento no setor da construção e ele [Pimenta Braz] não tem uma intervenção qualificada em empresas que não cumprem as regras de segurança. Deve, por isso, ser substituído. O Primeiro-Ministro deve tomar medidas e deve substituí-lo". Reforçou ainda que "se não fossem as ações de sensibilização para as questões de saúde, segurança e higiene nos locais de trabalho realizadas pelo sindicato, teriam morrido muitos mais trabalhadores".
Albano Ribeiro refere já ter solicitado uma audiência ao Primeiro-Ministro, António Costa, com o propósito de apresentar as suas propostas para 2016 que visam alcançar "uma redução de 50% de acidentes mortais no setor comparativamente com o ano de 2015".