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Mais trabalhadores com sintomas de “burnout”
2016-01-25
De acordo com um inquérito realizado a 500 trabalhadores portugueses, o risco de esgotamento aumentou, a exposição ao stress é maior e mais de 87%  dos trabalhadores não se sentem recompensados.

A notícia adiantada pelo jornal Público explica que o “cansaço extremo”, “um aumento do cinismo na relação com os colegas” e uma espécie de desligamento “afetivo-emocional em relação às tarefas e ao trabalho” são sintomas do síndrome de burnout – expressão utilizada pelos especialistas para falar de “esgotamento”. Este fenómeno, tal como é aqui definido, cresceu em 2014/2015 para 17,3%.

Contudo, o Público adianta que são muitos mais os trabalhadores que estão em risco. Quase metade dos trabalhadores inquiridos, num total de 5000, afirmou estar submetido a situações “com elevado potencial de desenvolver burnout”, diz João Paulo Pereira, presidente da direção da Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional.

Em 2014, o coordenador do Barómetro de Riscos Psicossociais levou o seu primeiro “Relatório de Avaliação de Perfil de Risco Psicossocial” a várias comissões parlamentares, com o propósito de explicar aos deputados que se estava a observar uma degradação assustadora dos indicadores de bem-estar no mundo laboral.

Esse estudo tinha por base inquéritos a 38.719 trabalhadores portugueses, realizados entre 2008 e 2013 e revelava que a percentagem dos trabalhadores que se encontram num estado de burnout /esgotamento tinha aumentado de 9% em 2008 para 15% em 2013. Tendo em conta que a taxa superou agora os 17%, confirma-se a crescente gravidade da situação.
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